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Musical sobre Jackson do Pandeiro ganha o palco do Cineteatro São Luiz esta semana

  • Foto do escritor: Sâmya Mesquita
    Sâmya Mesquita
  • 11 de jun. de 2024
  • 3 min de leitura

A Barca dos Corações Partidos apresenta “Jacksons do Pandeiro” no Cineteatro São Luiz, celebrando o legado do icônico cantor e compositor paraibano. O espetáculo, exibido neste fim de semana, traz um mergulho rítmico e poético na vida de Jackson do Pandeiro



A arte é uma eterna criação e recriação de sentidos e o passar do tempo permite que os artistas sejam sempre revisitados e até ressignificados. É o caso do cantor e compositor paraibano Jackson do Pandeiro (1919 – 1982), que ganha uma justa homenagem da Barca dos Corações Partidos. O espetáculo Jacksons do Pandeiro chega a Fortaleza, mais precisamente ao palco do Cineteatro São Luiz, nos dias 14, 15 e 16 de junho, celebrando também os 11 anos de sucesso da companhia. Desde sua estreia em 2020, a montagem já foi vista por mais de 100 mil pessoas e foi premiado pela Associação dos Produtores de Teatro (APTR) em 2021.

A Barca dos Corações Partidos é uma das companhias teatrais mais premiadas do Brasil, reconhecida por sua habilidade em integrar música e teatro. O musical tem direção de Duda Maia e direção musical de Alfredo Del-Penho e Beto Lemos. No palco, os integrantes da Barca, Adrén Alves, Alfredo Del-Penho, Beto Lemos e Ricca Barros, são acompanhados por Renato Luciano, Jef Lyrio, Everton Coroné, Lucas dos Prazeres e Luiza Loroza. A idealizadora e produtora do espetáculo é Andréa Alves, por trás também de espetáculos como Elza e Suassuna – O Auto do Reino do Sol.

O enredo de Jacksons do Pandeiro aborda episódios e músicas do homenageado, relacionando-os com a vida dos atores. “Falando de Jackson, falamos desses nordestinos anônimos. Falando deles, falamos do cantor e compositor que levou a vida deles para as rádios e as TVs, em forma de cocos e baiões”, afirma Bráulio Tavares, autor do texto do musical junto com Duda Rios. “Às vezes, o texto do espetáculo aparece em forma de música, às vezes como uma poesia ou um poema musicado. Cada vez que ele aparece, ele propõe uma nova brincadeira rítmica”, explica.

Segundo Alfredo Del-Penho, a Barca apostou em um formato mais lúdico, usado em outros espetáculos da companhia, para que o público se aproximasse mais da história de Jackson além de uma simples narrativa biográfica. “Nós tentamos observar todos os aspectos do Jackson como intérprete, como compositor, como instrumentista e, principalmente, como uma pessoa inovadora na maneira de se fazer música brasileira. E, a partir disso, tentamos trazer isso para o espetáculo de uma maneira mais abrangente para revelar o Jackson não só pelos fatos da vida dele, mas também trazendo as pessoas para esse universo Jacksoniano, que certamente encanta a todos e aproxima cada um de sua própria brasilidade”.

A montagem destaca a influência de um ritmo característico da obra de Jackson do Pandeiro: a síncopa — execução de som em um tempo fraco que se prolonga até o tempo forte. A diretora Duda Maia revela que aprofundou sua pesquisa sobre o ‘corpo-rítmico’ dos atores para capturar a essência do ritmo presente nas músicas de Jackson. “Trazemos a forma sincopada do canto para o jogo de cena o tempo todo”, conta. Além disso, a encenação inclui elementos visuais que remetem ao gosto de Jackson por filmes de faroeste, com canções apresentadas como curtas-metragens ou clipes animados.

O espetáculo também apresenta músicas novas, que transformam a obra do homenageado com novos arranjos e letras, mantendo sempre o respeito e a admiração por Jackson do Pandeiro. “É um ‘pedir licença’ à obra dele, mas sem deixar de homenageá-lo com todo respeito, carinho e admiração”, diz ainda Duda Rios.

Quem foi Jackson do Pandeiro

Jackson do Pandeiro, nascido José Gomes Filho, em Alagoa Grande (PB), iniciou a sua trajetória artística ao acompanhar a mãe em rodas de coco, nos arredores de um engenho. Alfabetizado aos 35 anos, ele migrou para o Rio de Janeiro e lançou seu primeiro disco em 1953, com um compacto que trazia dois sucessos que marcaram a sua carreira: Sebastiana e Forró em Limoeiro.

Nos anos que seguiram, participou de filmes, festivais e apresentou composições — a maioria com um toque característico de humor — que entraram para a história da música popular brasileira. Deixou como legado mais de 140 discos recheados dos mais diversos gêneros, como samba, forró, baião, entre outros.

Serviço

Musical “Jacksons do Pandeiro”, da Cia. Barca dos Corações Partidos

Sexta-feira (14) às 19h, sábado (15) às 15h e 19h e domingo (16) às 18h

Cineteatro São Luiz. Rua Major Facundo, 500, Centro

Ingressos na bilheteria do Cineteatro ou no Sympla, com taxas. Valores entre R$ 19,50 (plateia superior meia) e R$ 120 (plateia inferior 1 inteira).

Mais informações pelo telefone (85) 98733-8831.


Publicado originalmente neste link.

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